Bem, vínhamos observando com grande frequência (isso, frekência, conforme o novo acordo da língua portuguesa), ataques mútuos entre a maior emissora do país, uma das maiores do mundo, e a emissora do virtuose da pregação, Edir Macedo. Ocorre que fica difícil posicionar-se diante de tanta verdade. Realmente o que o Bispo faz em sua igreja é algo no mínimo duvidoso. Um amigo me disse que tava desempregado, namorada com outro namorado, pior que vendedor de rapadura em terra de diabético, quando, após as expulsões de demônios, com tanta gritaria não tem demônio que fique, casas, carros, salários, tudo no palco, ele se viu quase doando seu vale-transporte, quando pensou: como vou pra casa? E esse dinheiro vai por aí, pra TV, pra avião, pra faculdade, pra editora, pro diabo, quer dizer, pro diabo não. Mas a TV em que "a gente se vê" não é santa, o problema é que a IURD não ataca o que ela faz de pior, pois também está buscando tornar-se sua substituta nesse quesito: alienação da nação. Como o objetivo é ser sucinto sempre, ninguém tem o dia todo, já corto e vou pro fim. Parece que estamos diante de uma briga entre o Esqueleto e o Munrrar (o ser eterno), entre Vingador e Lex Lutor, sei lá, entre o mal e o mal. Um mais forte o outro mais fraco, mas não menos perverso e maléfico. O ideal portanto parece ser a destruição dos dois canais e toda sua rede, revistas, cabo, rádio, internet e todos os canais pelos quais entram e destroem qualquer possibilidade de desenvolvimento de uma sociedade nacional crítica e inteligente. Um outro problema, e aí vem o desespero machucando o coração, é que, quisera Deus, ô paizinho, acabassem as opositoras em questão, teríamos para redenção a Luciana Gimenez, o Pânico, a Hebe, o Sílvio, a Eliana, enfim, desalento. Curioso é que, no país em que o serviço público é detonado o tempo inteiro, temos como melhor opção de TV uma emissora pública. Pra não perder a esperança, um pouco de música do He-Man: “O bem vence o mal/ espanta o temporal/ o azul o amarelo/ tudo é muito belo”