Sim: o mundo muda,
desde que nem era mundo, ele muda.
Até o que é ou não
é o mundo muda.
Eu mesmo deixei de
pensar sobre o meu mundo quando descobri que ele não era nem meu,
nem era o mundo.
O mundo é tudo que
tem nele, o que não tem ainda e o que deveria ter.
Ele não gosta
quando dizem coisas do tipo “o mundo segundo os...”. Ora, não se
é algo segundo alguém acha. Apenas se é.
O mundo é isso e
aquilo e aquilo outro também e tudo o mais que nele está e poderia
ser é ele também.
E a gente vem pra cá
e ajuda e estraga, embeleza e faz feiuras, nasce, escarnece e morre,
às vezes brinca e muitas vezes não brinca.
No mundo tem de
tudo, mas todo dia tem uma novidade.
Mas uns não têm
nada e outros têm tudo. Daqui um pouquinho esses têm mais ainda e
aqueles perdem o que já não tinham.
Nada e tudo por aqui
são conceitos indeterminados.
Tem dia que meu
mundo sou eu, noutros é meu filho ou minha mulher, noutros ainda é
o virtual ou o real desalentador.
Olha, esse negócio
de mundo parece que não é pra gente séria.
Ia agora começar a
falar sobre o ser humano nesse lugar.
Que ele agride,
subjuga, explode o outro, joga lama e venenos por todo lado.
Aí pensei que pra
falar de flores não é preciso falar de suas chagas.
O mundo é o mundo,
apesar da humanidade.
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