quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Uma Tragédia no Vale da lua

Um casal morreu afogado no Vale da Lua

Esse vale é um dos lugares mais belos da Terra

Esse vale não parece desse mundo

O amor entre os dois também não era

Amantes não arriscam-se mais uns pelos outros

O amor quis preservar-se e fugiu pela cratera

Aos queridos que ficam, fica o consolo das noites de Lua cheia

Eles estarão lá, vivendo um amor de verdade, não mais possível cá.

2 comentários:

  1. ele era meu irmao!Realmente,o amor deles nao era desse mundo.

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  2. Jack,

    A história dos dois me deixou muito emocionado. Não há consolo para esses momentos, eu sei, também já perdi um ente querido. Torço para que todos da família tenham força e consigam concentrar-se nas boas lembranças.

    Um texto do Drummond que não consola, mas fala sobre essa dor:

    "A um ausente


    Tenho razão de sentir saudade,
    tenho razão de te acusar.
    Houve um pacto implícito que rompeste
    e sem te despedires foste embora.
    Detonaste o pacto.
    Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
    de viver e explorar os rumos de obscuridade
    sem prazo sem consulta sem provocação
    até o limite das folhas caídas na hora de cair.


    Antecipaste a hora.
    Teu ponteiro enlouqueceu,

    enlouquecendo nossas horas.
    Que poderias ter feito de mais grave
    do que o ato sem continuação, o ato em si,
    o ato que não ousamos nem sabemos ousar
    porque depois dele não há nada?


    Tenho razão para sentir saudade de ti,
    de nossa convivência em falas camaradas,
    simples apertar de mãos, nem isso, voz
    modulando sílabas conhecidas e banais
    que eram sempre certeza e segurança.


    Sim, tenho saudades.
    Sim, acuso-te porque fizeste
    o não previsto nas leis da amizade e da natureza
    nem nos deixaste sequer o direito de indagar
    porque o fizeste, porque te foste."


    Um grande abraço.

    Carlos Eduardo

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