terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Os políticos são todos iguais, mas uns mais iguais que os outros

Considerando os tipos políticos que compõe a chapa vencedora das eleições do Governo do Distrito Federal de 2006, Arruda e Paulo Otávio, temos a expressão daqueles que dominam a nossa “Res pública” desde os tempos mais remotos, como diria um samba enredo tradicional. Um, empresário, com sua fortuna construída a partir daquilo que deveria ser inegociável: a terra. E para conseguir terras públicas nada melhor que uma aproximação com quem faz as concessões, certo? Vale até casar com filha de ex-presidente. Um tipo sem sal, sem rosto, sem gosto, discreto, dono do jornal local, da TV, em que vende sua imagem de “um grande empreendedor” que promoveu e promove o desenvolvimento da cidade. O dinheiro compra a simpatia, o voto, a parceria com o mestre da popularidade local, aliás, o aprendiz que superou o mestre, o outro. Funcionário da CEB, um tipo esperto, carreirista daqueles que fazem de tudo para subir, subir, “é só subindo!” Aproxima-se de algum partido fisiologista e diz: tenho um perfil bacana: falo bem, estou sempre sorrindo, posso até chorar se for preciso. Em estando lá, todos estaremos bem, mas ó, minha fidelidade é só com o $, já provando isso quando traí meu pai, aliás, o pai, coronel, patriarca, da grande fazenda com prédios chamada Brasília. Ou seja, no estado/cidade com o maior índice educacional, renda per capita, IDH do país, a elite ainda consegue, sem disfarce, manter a mesma estrutura da antiga cidade da Bahia – é impressionante e desesperador! Sem me demorar muito, registro minha alegria com o ocorrido: o fim de um governo que nada fez pela educação, até por medo dos possíveis reflexos, a não ser dar 300 milhões para o “ciência em foco” - pergunte ao seu filho o que achou: as minhocas mais caras do mundo! - saúde, nada de desenvolvimento sustentável (ambiental, social, economicamente). Ah! desculpem, fez sim, o Noroeste, o primeiro bairro sustentável do Brasil, com kits a partir de R$ 500 mil, para contemplar a população que precisa ter onde morar, bastando retirar uns indiozinhos que estão atrapalhando, ah esses índios! Sempre eles! Não aprendem nuca! Por outro lado, tenho dois receios: quem entregou o esquema foi um beneficiário, ou seja, se não houvesse um desentendimento interno na quadrilha, jamais a sociedade iria colocar um fim nessa história (os órgãos, que existem para isso, permanecem na inércia, só atuando quando forçados a tal), apesar desse sistema, capitalista avançadíssimo, ser inerentemente corrupto, evidencia-se, todos os dias, a necessidade de criar amarras que independam de vontade política para funcionar, não é simples eu sei. A outra é o receio de prender um chefe de boca e vir outro e continuar tudo como era, e eles continuarem controlando tudo pelo celular levado por pombos – é muita criatividade. É preciso quebrar este círculo, este circo de horrores em que o dono ganha com a desgraça do elefante, do macaco, do palhaço: a classe trabalhadora. Bem, Arruda, quero ter a honra de lhe entregar flores, uma coroa, e colocá-las sobre o teu túmulo político. Paulo Otávio, quero uma agulha para estourar essa bolha imobiliária ridícula que te alimenta, que de tão grande vai te mandar pro seu planeta, bicho feio! Aproveitando o que já ouvi na rua e espero ouvir muito mais: Arruda pra Papuda! P. O. no xilindró!

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